As interações entre o biológico e o psicológico e o social são máximas no campo do estudo das personalidades. Da mesma forma que alterações biológicas podem afetar a organização da personalidade, a maneira como a personalidade se organiza no campo psicossocial pode ter repercussões sobre o equipamento biológico. Geralmente, no estudo dos transtornos da personalidade há um reducionismo exclusivista que desconsidera estas intricadas interações, privilegiando ou o viés biológico ou o psicológico. Neste livro, tenta-se não incorrer neste erro, e este é um dos seus maiores méritos.

O que é uma personalidade narcísica, explosiva, ansiosa, masoquista, histérica, paranoide, dependente, sádica, depressiva ou antissocial? Quais os mecanismos biológicos e sociais envolvidos? Como compreender um fenômeno que é hoje responsável por pelo menos 50% das internações psiquiátricas nos EUA, além de ser responsável por comportamentos tão diferentes como o suicídio, o uso de drogas, a delinquência, o alcoolismo, a evitação social, a depressão, o perfeccionismo, a somatização, a dependência afetiva etc.?